CANSAÇO EXTREMO
Como resolver isso
Sofrer de cansaço extremo é algo que acontece em algum momento das nossas vidas. Conciliar o trabalho, as responsabilidades familiares e da casa, o autocuidado e o estar atentos aos nossos amigos pode aumentar os nossos níveis de stress, se não soubermos fazer tudo de forma equilibrada.
Mas antes de chegarmos a esse ponto, o nosso corpo costuma enviar sinais que indicam que precisamos de parar um pouco. Talvez o problema esteja em não sabermos identificá-los, o que pode acabar por deteriorar a nossa saúde mental a longo prazo.
Para evitar esta situação de cansaço extremo, tanto físico como mental, é vital que aprendamos a reconhecer quais são esses sinais e quando o nosso corpo nos está a indicar que há coisas que devemos mudar no nosso ritmo de vida.
Como saber se estamos à beira do cansaço extremo
- Sintomas físicos
São os mais comuns. Quando estamos no limite e começamos a ficar saturados, começamos a sentir muita fadiga e provavelmente a qualidade do nosso sono também se verá afetada. Podemos sofrer de insónia, ter dificuldades em adormecer ou acordar continuamente várias vezes durante a noite.
Além disso, são também muito típicas as dores de cabeça diárias, a fadiga muscular, problemas digestivos e uma fraqueza no nosso sistema imunitário, o que facilita a contração de doenças.
- Sintomas emocionais
Quando estamos cansados, não nos sentimos mais irritáveis? Não parece que tudo nos incomoda? Isso pode ser uma indicação de que o nosso ritmo de vida é demasiado acelerado e que estamos a fazer mais coisas do que somos capazes de conciliar. O cansaço extremo não é apenas físico, mas também costuma ser emocional.
Sentimo-nos desmotivados perante a vida e perante coisas que antes nos entusiasmavam. Muitos também tendem a isolar-se do seu entorno ou das pessoas importantes no seu círculo, porque não têm energia para acompanhar tudo. Ao ver que queremos fazer tudo, mas nos é impossível, ficamos continuamente frustrados e a nossa mente começa a criar pensamentos negativos sobre tudo.
- Mudanças no nosso comportamento
Todos os seres humanos têm, em geral, uma forma específica de se comportar, que é determinada pela nossa personalidade. No entanto, em cada momento concreto, isso também é ditado pelo nosso estado de espírito e pela maneira como lidamos com as coisas que nos acontecem. Alguns lidam melhor: procurando melhorar o seu bem-estar. Outros, podem até acabar por adotar hábitos nocivos como beber álcool ou comer em excesso.
Embora nem tudo tenha de ser tão extremo. Às vezes, simplesmente podemos notar que procrastinamos mais e tentamos evitar as nossas responsabilidades, que nos isolamos dos outros e que deixamos de ser produtivos.
Como resolver essa saturação mental e física
Quando finalmente percebemos tudo o que nos está a acontecer, tanto mental como fisicamente, o que todos os especialistas recomendam é que procuremos terapia para aprender a lidar com este tipo de situações.
No entanto, se não tivermos acesso a isso ou quisermos complementá-la com outras coisas, a primeira coisa que devemos fazer é conscientizar-nos sobre a importância de nos cuidarmos e reduzir a quantidade de responsabilidades que temos. Claro que nem todos podemos permitir-nos trabalhar menos, mas sim arranjar mais tempo para o autocuidado.
Não devemos comprometer-nos com aquelas coisas que não nos apetece fazer ou com aquelas para as quais temos de fazer malabarismos para as realizar. É bom começar novas atividades que nos relaxem, como um hobby, a meditação, sessões de mindfulness ou até mesmo desporto ou exercício.
Será o momento de dar uma vista de olhos às nossas agendas pessoais e ver aquilo de que podemos prescindir ou, pelo menos, afastar por algum tempo até estarmos melhores. Devemos fazer uma lista de prioridades de tudo o que acreditamos que desempenha um papel fundamental nas nossas vidas e o que não. Tudo isto não será fácil, mas é necessário se quisermos ser realmente felizes.